As pequenas e micro empresas são estratégicas para o desenvolvimento de qualquer estado: aqui na Paraíba, dados da Receita Federal apontam que elas são responsáveis por 95% do número total de empresas no estado, e produzem 29,6% do PIB paraibano, ou seja, uma riqueza no valor de R$ 18,49 bilhões. 

Além dos números, no entanto, há algo fundamental no desenvolvimento das pequenas empresas: naturalmente criativas, elas utilizam-se de inovações tecnológicas para promover soluções para o mercado. Engana-se quem pensa que a inovação está restrita a talentos como Bill Gates, Steve Jobs ou Jeff Bezos. 

Estar conectado ao mundo digital foi um dos grandes desafios para os negócios durante a atual pandemia do novo coronavírus, sejam eles grandes ou pequenos. O espaço dos bites passou a ser ocupado até mesmo pelos menores – da padaria da esquina à grande rede de farmácia, todos começaram a fazer seus pedidos via delivery, pela internet. O que a princípio causou aflição, em pouco tempo se mostrou como um novo território a ser desvendado. 

Por meio da tecnologia, muitos processos dentro das próprias empresas são automatizados e padronizados, a fim de diminuir custos e alcançar melhorias. Devido a suas estruturas naturalmente enxutas e seus processos minimamente formalizados, as pequenas empresas estão permanentemente operando nos moldes de laboratórios, realizando experimentos, muitas vezes por tentativas e erros, chegando, assim, a grandes inovações.

Não é preciso ser uma startup para se ter como premissa a inovação. Embora os unicórnios sejam grandes fontes de inspiração, por meio das suas soluções de grande alcance, o fato é que pequenas empresas que fazem girar a economia do estado também são, elas mesmas, inspirações para o dia a dia de gigantes tecnológicos, sejam elas causadas pela necessidade ou simplesmente de forma espontânea: afinal, para inovar não é necessário tamanho – apenas a criatividade.